COMITÊ DE SELEÇÃO

Três especialistas em cinema em geral e em cinema latino-americano em particular compõem a comissão que selecionará os filmes em competição.
Contato: selection@festivalclap.com

Claire Allouche

Claire Allouche é attachée temporaire d’enseignement et de recherche na Universidade Paris 8 Saint-Denis-Vincennes e doutoranda sob orientação de Dork Zabunyan e de Thierry Roche.
Ela se formou em Estudos Cinematográficos pela Ciné-Sup, na Universidade Paris 8 Saint-Denis-Vincennes, na ENS Ulm e na Universidad Nacional San Martin na Argentina, e em Ciências Humanas e Sociais do Espaço pela EHESS.
Sua pesquisa de doutorado trata do processo de criação de ficções fora dos centros de produção tradicionais na Argentina e no Brasil entre 2008 e 2019. Mais precisamente, ela se interessa pelas possibilidades oferecidas pelos locais periféricos em matéria de emergência de novas estéticas e narrações na perspectiva da história desse cinema binacional. Por isso, ela passou várias estadias de pesquisa na Argentina (principalmente em Buenos Aires) e no Brasil (em Recife, Belo Horizonte e Brasília) entre 2017 e 2022 graças ao apoio do REFEB. Ela co-organizou o seminário doutoral pluridisciplinar « Pensar a criação contemporânea no Cone Sul » entre 2018 e 2022 com Ignacio Albornoz Fariña, Leslie Cassagne, Célia Jésuprêt e Baptiste Mongis.
Em paralelo ao seu trabalho acadêmico, Claire Allouche é crítica de cinema. Ela compõe o comitê de redação da Cahiers du cinéma desde junho de 2010. Ela colabora pontualmente com as revistas Trafic, Débordements, La Furia Umana, La Revue Documentaires e Répliques. Ela trabalhou na programação do Festival des 3 Continents em Nantes, em 2016 e 2017, e colabora desde dezembro de 2022 ao ciclo mensal Doc&Doc da associação Documentaire sur grand écran. Ela participou ao júri de diversos festivais latino-americanos de cinema, inclusive o BAFICI, o FICIC, a Mostra de Cinema de Tiradentes e Olhar de Cinema.

Louise Ibáñez-Drillières

Louise Ibáñez-Drillières é doutoranda em Estudos hispânicos/hispânico-americanos e Cinema, foi estudante da ENS de Lyon e é professora titular de espanhol. Sua tese, desenvolvida sob orientação de Karim Benmiloud e de Alice Leroy, é entitulada Cinémas de la patience. Une écologie de la perception cinématographique (Reygadas, Alonso, Serra). Ela elabora os conceitos de « paciência cinematográfica » e de « ecologia da percepção » à partir do contato com três filmografias contemporâneas da Espanha e da América latina.
Louise Ibáñez-Drillières é autora de uma monografia dedicada à obra de Cinesthésie. Le cinéma des sens de Carlos Reygadas, Milan, Mimésis, 2020 e diversos artigos que articulam a filosofia da ecologia (Donna Haraway, Eduardo Viveiros de Castro) e o pensamento das formas fílmicas.
Paralelamente a suas pesquisas, ela conduz uma prática de tradutora de literatura do espanhol ao francês. Sua primeira tradução, o ensaio de teoria política Capitalisme gore da filósofa mexicana Sayak Valencia (Tenerife, Melusina, 2010), será publicado em janeiro de 2023 na coleção « Sorcières » das Edições Cambourakis. Ela trabalha atualmente na tradução de um curto ensaio de Carlos Reygadas, Presencia (Mexico, Andante, 2022), síntese da arte poética do cineasta mexicano.

Carlos Tello

Carlos Tello é pesquisador, professor e programador. Doutor em Literatura Comparada e Cinema na Universidade Paris Cité, ele é membro associado dos laboratórios CERILAC (Universidade Paris Cité) e IMAGER (Universidade Paris-Est Créteil). Suas pesquisas e publicações tratam da literatura comparada contemporânea e o cinema, principalmente em uma perspectiva pós-humanista (área epistemológica que ele teoriza), assim como sobre a literatura e o cinema na América latina. Ele já deu aulas na Universidade Paris-Est Créteil, e atualmente ensina na Universidade de Artois e na Universidade de Amiens. Ele foi convidado como conferencista em várias universidades francesas, e da mesma forma nos Estados Unidos e Alemanha. Suas últimas publicações são a direção do livro Du postmodernisme au posthumanisme. Littérature et cinéma. Europe-États Unis-Amérique latine (Éditions Hermann, 2021) ; e Lucrecia Martel, Zama (Éditions Atlande, 2022).
Ele é fundador, em 2018, de Image et Parole, associação interdisciplinar de projetos e pesquisas sobre o texto e a imagem. Ele é igualmente fundador e diretor do Festival de Cinema Latino-americano de Paris (CLaP).

Fotografias © William Oceguera